terça-feira, 17 de março de 2009

Feminino e masculino. Acredite... eles só querem casar!

Tenho levado uns puxões de orelha por não atualizar esse blog com a freqüência que ele merece. Mas cá estou, para cumprir o instigante ofício de falar de sonhos e do infinito que eles descortinam, deixando abertas as portas que nos levam aos becos e avenidas de nós mesmos. Prometi, no último post, falar um pouco mais do casamento, ampliando um pouco mais as informações do comentário anterior.

Há inúmeras formas de o inconsciente apontar como estamos vivendo a integração desses opostos, como estamos unindo feminino e masculino, esta busca necessária para que nos tornemos mais inteiros. Quando homem e mulher escolhem unir-se na vida concreta estão buscando, juntos, encontrar o equilíbrio para lidar com as solicitações da vida, dentro daquilo que suas naturezas podem atender, individualmente e em conjunto.

Assim, se no sonho há um casamento acontecendo, com noivo e noiva, isso indica que dentro de nós está mais fortalecido o equilíbrio dos princípios feminino e masculino. Aquilo que é próprio do feminino – as emoções, a sabedoria instintiva, a intuição, a fertilidade, a germinação, o imprevisível, as marés, o interno – se une às qualidades que são do masculino – o concreto, o palpável, o racional, o linear, o organizador, o externo. Precisamos, homem e mulher, deste equilíbrio para atuarmos em todos os aspectos da vida, pois quando a balança pende apenas para um lado, a gente já sabe... o que está nos pratos tende a cair por terra!

E se tudo está pronto para um casamento e ele não acontece? Taí uma oportunidade para o sonhador refletir sobre o princípio em queda. Não tem o noivo? Ou seja, o quê da natureza masculina está faltando nas suas atitudes? Objetividade? Clareza de raciocínio? Organização financeira, profissional ou na vida prática? E se falta a noiva, rapaz? Será que você não está negligenciando aquela voz que vem lá de dentro, a intuição, que lhe aponta caminhos que você teima em não seguir? Ou será que as emoções andam tão trancadas que o resultado é uma gastrite que não lhe dá sossego?

Um livro muito esclarecedor para quem quer entender mais da importância de equilibrar masculino e feminino e promover, assim, esse casamento sagrado é "Os Parceiros Invisíveis", de John A. Sanford (Ed. Paulus). Há também um trabalho muito interessante da psicoterapeuta Raissa Cavalcanti, "O Casamento do Sol e da Lua", da Cultrix.

E encerro com uma orientação contida no livro de Raissa, à página 146: “A harmonia está oculta em cada ser humano, pronta a se revelar a cada momento em que se consegue fazer os casamentos internos. (...) Há as duas polaridades, a masculina e a feminina, mas estão unidas em um só corpo. Estão em oposição e ao mesmo tempo representam uma unidade. O masculino precisa do feminino e o feminino precisa do masculino para garantirem a própria existência. Um princípio não pode existir sem o outro”.